Desvendando os efeitos da fotossensibilização em alvos celulares específicos

por Mayta Mamede Negreto Peixoto
Publicado: 16/09/2024 - 16:00
Última modificação: 16/09/2024 - 16:00

Definida como uma reação de fotoquímica que causa destruição seletiva de um tecido doente, a Terapia Fotodinâmica (TFD) é baseada na foto-oxidação de biomoléculas promovida por um composto fotossensível (FS), que é ativado por irradiação luminosa em comprimento de onda adequado. Embora a nova era da TFD já tenha mostrado benefícios no tratamento de diversas doenças há mais de 30 anos, a TFD ainda não é amplamente conhecida e utilizada pela maioria dos médicos. É necessário um ponto de ruptura em termos de eficiência do processo de TFD, para atrair mais médicos e consequentemente beneficiar mais pessoas. Centenas de novos fármacos fotossensíveis foram desenvolvidos, mas apenas alguns foram para as clínicas, provavelmente, porque ainda estamos usando as mesmas características químicas dos compostos nas últimas décadas, e de alguma forma o conhecimento adquirido em níveis moleculares não são transpostas para os ensaios clínicos. Este projeto busca maneiras de se direcionar FS estrategicamente próximo ao alvo em que se deseja causar danos (organelas específicas ou biomoléculas) para que o tratamento apresente a eficácia terapêutica. Um dos maiores desafios dessa abordagem é definir qual o melhor alvo intracelular a se direcionar o FS, pois não é uma tarefa fácil e não pode ser generalizada, sendo necessário compreender alvos intracelulares em particulares com maiores detalhes. Por isso, este projeto visa responder principalmente questões ainda em aberto nesta área: (i) É possível selecionar alvos intracelulares específicos (e.g. mitocôndrias, lisossomos) através de estruturas químicas específicas de FSs? (ii) Qual a relação entre a estrutura química do FS e o mecanismo de morte celular? (iii) Como a foto-oxidação afeta balsas lipídicas de membranas? (iv) A foto-oxidação destas membranas inibiria ou aumentaria o processo de fusão de membranas? Espera-se desenvolver estratégias que permitam superar as limitações da TFD, e abrir novas possibilidades terapêuticas

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